A inclusão da chupeta no enxoval de bebês tornou-se uma prática tão comum que muitas vezes ocorre quase automaticamente, sem uma análise profunda de suas implicações e os malefícios que ela pode trazer a longo prazo para o seu bebê. No entanto, a familiaridade com esse pequeno acessório não deve nos cegar para os impactos potenciais que pode ter na jornada do seu bebê e da sua família como um todo.
Ao questionarmos a presença quase universal da chupeta, estamos, na verdade, convidando você a uma reflexão mais ampla sobre as escolhas que fazemos para os nossos filhos. É importante questionar se essa inclusão é baseada em uma decisão consciente, na influência de conselhos tradicionais e familiares ou na crença de que a chupeta é um elemento essencial para acalmar os bebês.
Analisar criticamente essa prática “familiar”, muitas vezes, será que realmente eu conheço meu bebê ou simplesmente coloco a chupeta na boca assim que ele chora? Eu sei o porque ele está chorando? Faça essas perguntas para você, será que é válido essa prática ao invés de entender por qual motivo ele chora e como pode atendê-lo de maneiras que promova não apenas o conforto momentâneo, que a chupeta pode trazer, mas também o desenvolvimento saudável e a conexão emocional.
Descubra os Segredos Por Trás da Chupeta e Suas Implicações na Amamentação
Muitos falam que sou radical e dizem que devo explorar além do superficial, que significa avaliar os prós e contras associados ao uso da chupeta. Não consigo avaliar os prós associados ao uso da chupeta, apenas a tranquilidade momentâneo de seu bebê parar de chorar, mas e depois? Sempre a chupeta vai acalma-lo? Já parou para pensar nisso? Falo com propriedade que a maternidade não é fácil e muito menos quando não temos rede de apoio com o mesmo pensamento do que a gente, mas conhecer o nosso bebê, quem mais conhece além de nós que carregamos em nosso ventre o tempo necessário para ele iniciar seu desenvolvimento?
A chupeta vem algo além de um simples acessório, ela é algo que vai “mascarar” o tempo que você poderia estar com ele no colo, com um sling, ou conversando com ele no trocador de fraldas, ou balançando ele na rede e diversas outras maneiras de acalma-lo sem ser um objeto de plástico na boca no seu lugar naquele momento. Esse período é a fase mais importante que temos de um bebê onde aqui fora é tudo novo para ele.
Você é a principal referência em tudo aqui fora, estar com você nos período de exterogestação demanda sua atenção por completo até ele se adaptar, não desperdice esse tempo colocando uma chupeta no seu bebê e esperando que ele se acalme sozinho, porque o tempo passa e esse momento nunca mais irá voltar.
Quero que entenda que não estou aqui crucificando ninguém, porque eu também na primeira gestação ofereci a chupeta para meu filho e as consequências vieram. A chupeta é um acessório prejudicial de várias maneiras a médio e a longo prazo para o bebê e para família. Além de interferir na amamentação, que foi o meu caso como falei um pouco no artigo sobre livre demanda; o uso da chupeta foi relacionada a má formação da boca (dentes), atraso na fala, ao surgimento de cáries, otite (infecção no ouvido).
Além disso, oferecer alternativas para o uso da chupeta é um passo fundamental nessa exploração. Ao sugerir opções como o uso de sling, oferecer colo, sim, eu disse colo, colo não “mima” o bebê principalmente nos 6 primeiros meses isso é fundamental. Amamentar seu bebê é essencial! Não somente pelo alimento completo que o leite materno é, mas como é importante esse momento de amamentar, olho no olho, aquela troca de amor que nenhuma chupeta no mundo irá fazer! E principalmente promover o vinculo mãe e filho, entender e conhecer as necessidades de seu bebê.
Entenda que o bebê ao “sugar” a sua própria mão nem sempre ele quer mamar, mas está se conhecendo, está conhecendo esse mundo aqui fora. Dê tempo a tempo a adaptação de seu bebê nesse mundo, mas não deixe que esse tempo passe e você deixa a chupeta “conhecer” mais ele do que você mesmo que é a mãe.
Agora te pergunto, é necessário mesmo você ter esse acessório para seu bebê? Ao questionarmos a presença da chupeta no enxoval, estamos abrindo caminho para decisões mais conscientes, informadas e alinhadas com o que é verdadeiramente melhor para o bem-estar físico e emocional de nossos pequenos.
Impactos mais aparentes no uso da chupeta
Amamentação: porque prejudica?
Um bebê nos seus primeiros meses está descobrindo tudo aqui fora da barriga e consequentemente conhecendo a si mesmo. É comum ver os bebês nesse período colocando a mão na boca ou qualquer outro objeto e chupando. Isso porque é a forma com ele começa a sentir os objetos e as próprias partes do seu corpo. Um exemplo comum que acredito que toda mãe já tenha visto é o bebê tentar colocar o seu pezinho e ficar chupando o dedão.
Isso é completamente normal e faz parte do desenvolvimento do bebê. A alteração na sucção durante a amamentação é um desafio sutil e significativo enfrentado pelas mães principalmente com a intervenção de qualquer bico artificial.
A chupeta, ao oferecer uma alternativa para a sucção artificial, pode confundir o bebê durante as mamadas. Além disso, a forma dos movimentos que o bebê faz ao mamar é diferente ao chupar uma chupeta e isso pode atrapalhar as mamadas, deixar o bebê mais irritado na hora de mamar e muitas vezes até fissuras na mãe. Existem bebês que como já estão com amamentação estabelecida, isso não altera, mas falo por experiencia própria, que são raros os casos. Procure outras soluções antes de pensar em dar a chupeta para seu bebê e cuide de sua amamentação.
Possível Dependência: Mais que um Mero Conforto
O risco de dependência da chupeta vai além do simples consolo momentâneo. Pode moldar a forma como o bebê aprende a lidar com suas emoções e sentimentos. Ao se voltar repetidamente para a chupeta em busca de conforto, o bebê corre o risco de não desenvolver completamente suas habilidades de autorregulação emocional e autossuficiência, aspectos cruciais para um desenvolvimento saudável.
Impacto na Fala e Desenvolvimento Oral
O uso prolongado da chupeta não apenas satisfaz a necessidade de sucção, mas também desempenha um papel no desenvolvimento da fala e da estrutura oral do bebê. A sucção constante pode influenciar a posição da língua e a formação do palato (céu da boca), fatores que, por sua vez, podem contribuir para dificuldades na pronúncia de palavras e no desenvolvimento da dentição. O cuidado nesse aspecto é essencial para garantir uma base sólida para a comunicação oral desde os primeiros anos.
Alternativas para conexão e bem estar mãe e bebê
Ao reconhecer os potenciais riscos da chupeta para a amamentação, é crucial explorar alternativas que não apenas acalmem o seu bebê, mas também fortaleçam os vínculos mãe e filho, promovendo um ambiente saudável e positivo. Aqui estão algumas sugestões valiosas:
Sling, Colo e Peito
Ao invés de depender exclusivamente da chupeta, considerar o uso de sling, oferecer colo e proporcionar o próprio peito para acalmar o bebê pode ser uma abordagem mais integrada. O sling oferece aconchego físico, mantendo o bebê próximo ao corpo da mãe, enquanto o colo proporciona calor e segurança. Além disso, oferecer o peito não apenas nutre o bebê, mas também fornece conforto emocional, promovendo uma conexão mais profunda entre mãe e filho.
Além disso, nos primeiros dias de vida o sling simula uma “barriga” onde o bebê passou o período da gestação, ajudando acalmar e entender que você está ali, junto com ele.
Fortalecendo os Vínculos
Optar por métodos que fortaleçam os vínculos familiares vai além da simples busca por soluções imediatas. Participar ativamente dos cuidados do bebê, oferecer atenção constante e praticar o contato pele a pele são estratégias que não apenas acalmam, mas também cultivam uma base sólida para o relacionamento mãe-filho. Essa abordagem focada nos vínculos emocionais não só atende às necessidades do bebê, mas também proporciona um ambiente emocionalmente rico e nutridor.
O contato pele a pele indico sempre o banho de chuveiro, principalmente naqueles dias mais cansativos e difíceis você verá como essa forma acalma e conforta os dois. Nas trocas de fraldas, como disse uma professora minha, “nome já diz, trocador. Troque carinho, troque olhares, use e abuse desse momento”, converse com seu bebê, articule a boca, deixe ele entender que você está ali, seu porto seguro e quer conhecer ele.
Amamentação
Escolher amamentar seu bebê nem sempre é algo fácil, mas falo para você que é a maneira onde conhecemos e entendemos nosso filho de uma maneira incomparável. Falo que depois que virei mãe eu mudei muito, mas amamentar minha menina me deixou completa. Hoje temos uma ligação que falo para você, nenhuma chupeta será capaz de trazer isso.
Procure ajuda antes caso tenha dificuldades em sua amamentação, esgote todas as possibilidades de ofertar o melhor alimento para seu filho e manter o vinculo fortalecido. No caso, de alguma maneira não conseguiu ter o prazer de amamentar, não deixe isso te desanimar, mas aproveite o momento que irá ofertar leite artificial, esteja ali, naquela trocas de olhares que somente mãe e filho entendem. Esses momentos são únicos, e tudo ao redor pode ficar para depois.
Escolhas Informadas para um Futuro Conectado
Em conclusão, enquanto a chupeta se destaca como uma ferramenta de alívio imediato para o choro do bebê, é crucial ir além do seu papel aparente e considerar os impactos mais amplos que esse pequeno acessório pode ter. Tomar decisões informadas sobre o uso da chupeta é uma parte essencial do cuidado parental, especialmente quando se trata da amamentação do fortalecimentos do vinculo mãe e filho.
A citação “A chupeta pode até acalmar o bebê, mas pode afastá-lo de você quando ele mais precisa.” ressoa como um lembrete dolorido no seu futuro com seu filho. Enquanto a chupeta oferece consolo imediato, é fundamental não subestimar o poder do contato humano, do colo acolhedor e da conexão íntima entre mãe e bebê. Esses momentos não apenas acalmam, mas também fortalecem a base para uma relação duradoura, amorosa e sem ser prejudicial ao longo prazo.
A busca por alternativas, como o uso de sling, o colo e a amamentação direta, não é apenas uma escolha consciente, mas uma declaração de comprometimento com o bem-estar e o desenvolvimento integral do bebê. No final, a chupeta para os antigos podiam até acalmar, mas a consciência e a adaptação às necessidades individuais do bebê são fundamentais para construir um futuro conectado e saudável para toda a família. Cabe aos pais, armados com informação e empatia, moldar o caminho para uma jornada parental repleta de cuidado, compreensão e amor duradouro. 🌟👶❤️
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